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14/04/2015 - Vigilância Sanitária alerta sobre o uso de formol nos salões de beleza
A coordenadora da Vigilância Sanitária de Patos de Minas, Lilian Marinho, fala sobre os danos que o produto pode causar.
A beleza é um atributo cada vez mais importante nos dias atuais e tem demandado a busca por serviços que envolvem o uso de formol. Tendo em vista o aumento do número de mulheres que procuram o salão de beleza para usar esses serviços, a coordenadora da Vigilância Sanitária de Patos de Minas, Lilian Marinho, faz um alerta.
O salão de beleza deve estar preparado para prestar um atendimento seguro e qualificado. Insere-se aí a responsabilidade da Vigilância Sanitária (VISA) nas ações para eliminar e/ou reduzir os riscos à saúde. Essas ações buscam sempre identificar os perigos químicos e biológicos que podem comprometer a saúde tanto do usuário como do trabalhador.
Lilian destacou algumas orientações que devem ser observadas quando o assunto é escova progressiva, alisantes e formol:
O formol só pode ser usado na fórmula de cosméticos como conservante ou agente endurecedor de unhas e nas quantidades determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Seu uso como alisante capilar é ilegal e pode causar, em quem aplica ou em quem recebe o tratamento, problemas de saúde como queimaduras no couro cabeludo, queda de cabelo e sérios problemas respiratórios.
Os riscos que o formol pode causar são:
- No contato com a pele: irritação, vermelhidão, dor e queimaduras;
- No contato com os olhos: irritação, vermelhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis;
- Inalação: dor de garganta, irritação no nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Também podem ocorrer graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar, pneumonia e câncer no aparelho respiratório.
O formol também pode causar queda dos cabelos e, quando absorvido pelo organismo por inalação e principalmente pela exposição prolongada, apresenta como risco o aparecimento de câncer na boca, narinas, pulmão, sangue e cabeça.
Lilian ainda destaca que adicionar formol ou qualquer outra substância a produtos sujeitos à vigilância sanitária é infração sanitária (adulteração ou falsificação), o que é crime hediondo pela legislação brasileira, de acordo com o art. 273 do Código Penal.
“O uso do formol pode ser fatal e o risco aumenta na medida em que se aumenta a concentração utilizada e a frequência de uso. O formol é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde.” Destacou a coordenadora.
Para finalizar, Lilian alerta sobre os salões de beleza: “antes de submeter-se a um procedimento estético é importante verificar se todos os equipamentos e produtos utilizados nestes procedimentos possuem registro na Anvisa. O registro é a única garantia de que os produtos utilizados atingem a finalidade a que se propõem, sem expor o usuário aos riscos à saúde; se o profissional é capacitado para a realização do procedimento e se o local está limpo, organizado e possui licença sanitária.”
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