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19/01/2016 - Centro de Controle de Zoonoses previne a população sobre os cuidados com caramujos

A médica veterinária do Centro expôs precauções as quais se devem ter com o molusco

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Patos de Minas alerta a população sobre os riscos e cuidados necessários com os caramujos. Segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (UCN), o caramujo africano (Achatinafulica) é um exemplo de impacto negativo para a natureza, para a economia e a saúde humana.

O molusco foi introduzido no Brasil na década de 80, importado ilegalmente do leste e nordeste africano, como uma opção para substituir o escargot, com promessas de lucro imediato. Mas como a procura foi pouca e os prejuízos foram grandes, os criadores soltaram os moluscos na natureza.

Atualmente, 23 dos 26 estados do Brasil possuem o caramujo. Em locais urbanos as populações destes animais são muito densas; eles invadem e destroem hortas e jardins. Na zona rural, vêem-se inúmeras perdas agrícolas em áreas de pequena escala em plantações de banana, brócolis, batata-doce, abóbora, tomate e alface.

O caramujo africano transmite duas zoonoses: a meningite eosinofílica e a angiostrongilíase abdominal. A primeira é causada pelo parasita Angiostrongyluscantonensis, que passa pelo sistema nervoso central antes de se alojar nos pulmões. O ciclo da doença envolve moluscos e roedores, sendo o homem um hospedeiro acidental. A segunda é causada pelo parasita Angiostrongyluscostaricensis, muitas vezes é assintomática, mas em alguns casos pode levar ao óbito por perfuração intestinal e peritonite.

De acordo com a médica veterinária do CCZ, Gislaine Carvalho, “o risco da transmissão destas duas doenças é pequeno, mas devem-se ter os cuidados necessários com sua manipulação quando encontrados livres no ambiente e nunca devem ser ingeridos”, alertou a veterinária.

Ela explicou que as hortaliças devem ser deixadas de molho em solução de hipoclorito de sódio a 1,5% (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 1 litro de água filtrada) por cerca de 30 minutos, antes de serem consumidas.

Os caramujos são herbívoros, vorazes e alimentam-se de praticamente tudo. Uma espécie pode colocar em média 200 ovos por postura e se reproduzir mais de uma vez ao ano.

Gislaine Carvalho instruiu a população sobre como se deve fazer a catação manual do molusco. “Deve ser feita com a proteção de luvas ou saco plástico. Deixar de molho em 3 litros de água com 1 copo americano de água sanitária e outro de sal, durante 24 horas. As cascas devem ser colocadas inteiras dentro de saco plástico vedado e colocado no lixo comum para ser recolhido para o aterro sanitário e o líquido que sobra deve ser descartado na rede de esgoto. Não se deve pisar nas cascas, pois os ovos podem se aderir ao calçado e serem espalhados para outros locais”, informou ela.


Foto: Ilustração
 
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