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13/05/2015 - Secretaria Municipal de Saúde orienta sobre captura e descarte do Caramujo-Africano
Devido à grande solicitação recebida pelo Centro de Controle de Zoonoses de como eliminar os caramujos africanos, a Diretora Vigilância em Saúde, Mariah Luzia Figueiredo orienta sobre os riscos, captura e descarte do molusco.
Originário do nordeste da África pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante. Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
Sem predadores naturais, tal fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados.
Como são hermafroditas (possuem os dois sexos), apenas um animal pode continuar o ciclo, realizando até 05 posturas por ano, atingindo de 50 a 400 avos por postura.
Normalmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite, ou durante e logo após as chuvas.
Pode transmitir ao ser humano o verme Angiostrongyluscantonensis, causador da meningite. Esse tipo de meningite ocorre na Ásia, Cuba, Porto Rico e Estados Unidos. Não há relatos de casos ocorridos no Brasil.
Pode transmitir também o parasita Angiostrongyluscostaricensis, comportando-se como parasitose comum.
Pode ser responsável, indiretamente, pela transmissão da dengue e febre amarela. As conchas dos animais mortos podem encher-se de água e tornar-se um potencial reservatório do mosquito.
Dicas de como matar os moluscos:
- Para realizar o recolhimento, as mãos devem estar protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato com o animal.
- Acondicioná-los em um recipiente contendo água sanitária e água (1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária). A quantidade de água sanitária e água depende da quantidade de moluscos capturados;
- Aguardar por 1h. Eliminar a água, acondicionar os caracóis em sacos plásticos e encaminhar para aterro;
- O material ensacado também pode ser descartado em lixo comum, mas é preciso quebrar as conchas para que elas não acumulem água, tornando-se possíveis focos para reprodução de mosquitos.
A captura e eliminação desse molusco é de responsabilidade do proprietário do imóvel, ficando o órgão público responsável por prestar orientações.
Para orientações, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone (34)3822.9624.
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